segunda-feira, 28 de novembro de 2016

"...Estamos meu bem por triz, pro dia nascer feliz..." (Cazuza)

Amigos e amigas, 

Me perdoem pelo sumiço! Foram muitos os afazeres mas, volto com toda a força e, me comprometo em manter a periodicidade, nas postagens deste blog, ok !
Quando lancei este blog, em 05/11, escrevi como título, o seguinte verso, "...Grande pátria desimportante, em nenhum instante, eu vou te trair...", composto por esta pérola da MPB, Agenor de Miranda Araújo Neto, o nosso íntimo, Cazuza. Pois bem, antes de entrar no assunto, proposto no título desta postagem, para quem não me conhece a fundo, farei um pequeno retrospecto de vida e o motivo do lançamento deste blog. 
Todo mundo ou, quase todo mundo já foi perguntado quando criança, "O você quer ser, quando crescer?". Seria trágico, se não fosse cômico, quando disse aos 7 anos, "Quero ser ator!". Imaginem vocês o tsunami que isto causou, ao final dos anos 70, início dos 80, quando disse esta frase aos meus pais, um militar da ativa (à época) e uma funcionária pública federal. Sem levantar bandeiras e, hoje, tendo esta compreensão, o paradigma imposto pelos meus pais foi, "como um negro irá sustentar-se, constituir uma família, sendo ator?". Nem os meus pais perceberam que o próprio preconceito foi imposto por eles, a uma criança de 7 anos. Continuando, o desejo permaneceu no inconsciente. Precocemente, dos 12 para os 13 anos, havia devorado o livro "1984", de George Orwell e vários livros de Agatha Christie, com isso, o amor pela escrita e pelas artes começou a se expandir. A música entrou em minha vida, aos 16 anos, fazendo parte do coral do Colégio Pedro II, Unidade Bernardo de Vasconcelos (Centro). Minha mãe, percebendo minhas notas baixas, mas ao mesmo tempo, não percebendo o verdadeiro motivo, tirou-me do colégio e, "malandramente", rsrsrsrs,  colocou-me em outro. 
Ao terminar o antigo Segundo Grau, hoje Ensino Médio, entrei para as Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), para cursar Comunicação Social. Ainda não sabia qual habilitação a seguir (se Jornalismo, Publicidade & Propaganda ou Relações Públicas) contudo, a carreira em si, já mostrava sinais que estava no caminho certo. A música retorna à minha vida, conhecendo uma figura lendária e amada da FACHA, Heleno Alves (in memoriam), Coordenador do Núcleo Artístico e Cultural (NAC), quando o mesmo me deu a notícia que a instituição havia aprovado um projeto muito importante, o CORAL DA FACHA, mais tarde, renomeado como DANOCORO. Enfim, de volta, o meu envolvimento com a música.
Encurtando a história, foram 14 anos de convivência, brigas, quebra-paus, amores revelados, filhos gerados, viagens realizadas, CD gravado, enfim, 
Pelo o meu envolvimento pela e com a música e, ao mesmo tempo, com a minha eterna indignação política com este país, a cada título de minhas postagens, refiro-me modestamente, a um verso de quaisquer compositores e cantores da nossa MPB. E, como o meu apelido de infância é TOM (colocado por minha mãe e, acreditem, nem ela mesma me chama por ele, rsrsrsrsrsrs)
Como este belíssimo verso de Cazuza, "estamos meu bem por triz". Por um triz, ou não (parafraseando Caetano Veloso), de vermos uma verdadeira revolução não somente no Brasil, como no Mundo. Donald Trump sendo eleito para governar a nação mais poderosa deste planeta, os ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho sendo presos (com relação a este último, o espetáculo dantesco de sua prisão, tendo sua filha como atriz coadjuvante, foi qualquer nota), o Governo Temer no fio da navalha, com seis ministros sendo dispensados, desde quando tomou posse oficialmente e, para piorar, a jogada de titica no ventilador (para não usar o verdadeiro termo chulo) e a demissão de dois ministros, em menos de uma semana. detalhe, um fazendo pressão ao outro, como foi o caso de Marcelo Calero (pasta da Cultura) e Geddel Vieira Lima (pasta da Secretaria de Governo).
Ufa! Faltou mais coisa? A pergunta que me faço, aliás, venho me fazendo sempre é, ESTE PAÍS TEM REALMENTE SOLUÇÃO? Ah, lembrei! Enquanto digito este texto, ainda existe a votação, no Congresso Nacional, sobre a anistia do Caixa 2, em campanhas eleitorais (meu Deus!). 
Continuando, a sujeira é e está tão acumulada debaixo deste tapete, que eu tenho medo de "reciclarem" este mesmo lixo, convivendo conosco há décadas (acho que fui otimista no tempo). O cinismo de alguns políticos, pelo o que eu percebo, tornou-se tão... "normal", que já não causa mais espanto na população. E é justamente neste ponto, onde mora o perigo. O fato da população acostumar-se (com ou sem as aspas) a esta situação, como diria a personagem de Marisa Orth, Magda, no seriado SAI DE BAIXO, é uma "faca de dois legumes". Ou seja, a sociedade brasileira conformou-se por muito tempo a essa situação, no mínimo, vexatória, afirmando inclusive em seus diálogos, "este país não tem mais jeito" ou, "o último que sair, que apague a luz do aeroporto" ou, "é mais fácil um camelo entrar em um buraco da agulha, do que um político entrar na cadeia", entre outras frases.
Como deixei claro na postagem anterior, nunca interessou às elites, que a plebe se mobilizasse, se revoltasse mesmo contra essa vergonha. Posso até afirmar que foi interessante para ambos os lados, isto é, a nobreza não se incomodaria em praticar falcatruas e o povo se acomodaria nessa situação. Acredito que o tiro saiu pela culatra. Nem um lado, nem o outro esperava que a reação fosse contagiosa. A crise financeira, política, social e moral em que esta terra passa, chegou realmente ao seu limite. Para os que não sabem, eu jamais acreditei que o voto obrigatório fosse condição sine qua non para que a população exercesse a sua vontade. Eu nunca fui fã dos EUA(USA) mas, querendo ou não, a democracia lá existe, pelo fato do voto não ser obrigatório. Comentário à parte, percebam o desastre que ocorreu, com a eleição do lunático, Donald Trump.
Com tudo isso acontecendo, volto a afirmar e parafraseando Cazuza, "estamos meu bem por um triz".




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