terça-feira, 9 de abril de 2019

"Tudo ao mesmo tempo, agora" (Titãs)

Já começando a pedir imensas desculpas à todos, por ter ficado tanto tempo sem escrever, por motivos acadêmicos e profissionais (Crítico de Cinema e Colunista do site www.cinemaparasempre.com.br), enfim, fazendo jus ao verso de Arnaldo Antunes, com os Titãs, "tudo ao mesmo tempo, agora".
Nesse pequeno período de distanciamento, pensava sobre o que escrever sobre a retrospectiva de um ano, timidamente afirmando, INTENSO, aliás, EM TODOS OS SENTIDOS.
Acredito que posso afirmar que, o ano de 2016 dividiu-se em duas etapas. O antes do impeachment da "presidenta" Dilma Rousseff (ainda bem que este neologismo escabroso foi abolido e exterminado) e, o após do impeachment desta, com a nova gestão, sob o comando de Michel Temer. 
De qualquer forma, tanto um, quanto o outro, sofreram e sofrem consequências, face a um esquema de corrupção que, cá entre nós, a esperança de que algum dia isto fosse descoberto e divulgado, realmente, não estava entre os nossos anseios. 
Mas, como diria Jack, o Estripador, vamos por partes!
Após o espetáculo teatral, encenado na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril de 2016 (domingo), com 367 votos à favor e 137 votos contra (contando com 7 abstenções e 2 ausências), o plenário sanciona a abertura do processo, seguindo para o Senado. No dia 31 de agosto, esta Assembléia legitima por 61 votos favoráveis contra 20 votos contrários, Dilma Rousseff  sai do governo, acusada de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal, as populares "pedaladas fiscais". Por incrível que possa parecer, o julgamento, chefiado pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowsky, resolveu realizar duas votações no Senado. A primeira, pondera se a então presidente deveria perder somente o mandato. A segunda, estuda a possibilidade de Dilma ficar inelegível por um período de 8 anos, a partir do dia 01 de janeiro de 2019. Eram necessários 54 votos para que a mesma se tornasse suspensa de ocupar qualquer função pública. Muito bem, dos 81 senadores, 42 elegeram à favor, 36 senadores votaram contra e 3 se abstiveram. 
Começava aí o embate entre os poderes Judiciário e Legislativo. O desentendimento entre o Senador Renan Calheiros (PMDB/AL) e, a nova presidente do STF, Ministra Carmen Lúcia ficaram bastante quentes. O Poder Legislativo cismando que pode ser maior que o Poder Judiciário, tornou-se um verdadeiro deboche ao país e, provocando com isso, verdadeiros protestos contra o presidente do Senado. Em paralelo e, ainda bem que a sociedade mobilizou-se, os protestos contra Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o então presidente da Câmara dos Deputados, aumentaram. Até que, em 19 de outubro, o Juiz Federal, Sérgio Moro, decreta a sua prisão e por tempo indeterminado. Tem início o verdadeiro festival de prisões que, como escrito acima, jamais teríamos esperança disto ocorrer. 
Em 30 de setembro de 2016, o mesmo Juiz Sérgio Moro, decreta a prisão temporária do ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antônio Palocci. Segundo a alegação do Juiz Moro, Antônio Palocci era ou ainda é suspeito de "coordenar o repasse de propinas ao Partido dos Trabalhadores (PT)" (Fonte: Folha de São Paulo), pela maior empreiteira do país, a Odebrecht. Conforme o magistrado, entre 2008 e 2013, houve o repasse de propina no valor R$200 milhões. 
Pensam que acabaram? Lêdo engano! Como se bastasse as pesadas delações de Marcelo Odebrecht referentes à Lula, um dos maiores empresários deste... país, Joesley e Wesley Batista, irmãos empresários e considerados os Reis do Abate, donos de um dos maiores grupos corporativos do país, o grupo JIF, dona de famosíssimas marcas que o público brasileiro consome e que comanda o frigorífico JBS.
Pois bem! Os irmãos Batista, em furo descoberto pelo redator do jornal O Globo, Lauro Jardim, 
www.cinemaparasempre.com.br

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